Quem são os três suspeitos de mandar matar Marielle presos pela PF neste domingoDomingos Brazão e Chiquinho Brazão foram apontados como mandantes na delação de Ronnie Lessa; Rivaldo Barbosa comandava a Polícia Civil na época do crime e pode ter atrapalhado as investigações.A Polícia Federal prendeu neste domingo 24 os três suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. As prisões foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal e integram a operação Murder Inc., que cumpre também mandados de busca e apreensão para apurar suspeitas de organização criminosa e obstrução de Justiça. Integrantes da Polícia Civil do Rio são alvos.Os presos são Domingos Brazão, seu irmão Chiquinho Brazão e o delegado de polícia Rivaldo Barbosa. Conheça os suspeitos:Domingo BrazãoPolítico de carreira e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão foi preso neste domingo 24 pela Polícia Federal na operação Murder Inc., que mira os suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.Brazão, de 58 anos, é líder de um poderoso grupo político da zona oeste do Rio, berço das milícias cariocas. Foi deputado estadual por cinco mandatos consecutivos, onde acumulou polêmicas e suspeitas de corrupção até ser afastado e, posteriormente realocado como conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. Em sua ficha, figuram acusações de improbidade administrativa, fraude, envolvimento na chamada ‘máfia dos combustíveis’ e o envolvimento com milícias para a compra de votos.Em 2011, ele chegou a ter seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do RJ. A decisão, porém, foi anulada após uma liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral no mesmo ano.Ele apareceu pela primeira vez como suspeito de ser o mandante do caso em 2019, em um depoimento do policial militar Rodrigo Jorge Ferreira, que na ocasião acusava o então vereador Marcello Siciliano e o miliciano Orlando Curicica como os mandantes do crime. O depoimento foi apontado, à época, como uma tentativa de obstrução de justiça, justamente para tentar livrar Brazão.Depois, a linha que tinha Brazão como suspeito esfriou e foi retomada em 2023, quando Élcio de Queiroz, que dirigiu o carro do atirador, fechou uma delação premiada. Ele não nomeava Brazão, mas as indicações dadas faziam referência ao conselheiro do TCE. O quebra-cabeça foi então fechado com a delação de Ronnie Lessa, ex-policial que efetuou os disparos. Foi Lessa quem teria confirmado aos policiais o nome de Brazão como o mandante do caso.
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