O Sindicato do Comércio
Varejista dos Feirantes de Manaus divulgou nota oficial criticando a declaração
dada por um membro da categoria ao repórter Roberto Cabrini, do SBT, dizendo
que trabalhava sem máscara porque não temia a contaminação pelo novo coronavírus
(Covid-19). A entrevista foi realizada na Feira da Betânia, na zona Sul da
capital, e repercutiu em todo o país. E entidade pede inclusive que a
Prefeitura de Manaus casse a permissão dele para atuar na feira.
Temendo a fuga de clientes, o Sindicato divulgou a
seguinte nota:
“O SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DOS FEIRANTES DE MANAUS vem a público
informar a sua posição diante da participação de um feirante no programa
“Conexão Repórter” exibido nesta segunda, 27 de Abril, pelo SBT.
Em primeiro lugar, não irá se furtar diante dos fatos e tomará todas as medidas
cabíveis em relação ao acontecido, para que de nenhum modo a infeliz “opinião”
manifestada por um único indivíduo, venha denegrir e ofender a imagem dos
feirantes de Manaus, que sob orientação de autoridades em Saúde, seguem
estritamente as recomendações da OMS, de modo que têm prestado o serviço, com
os cuidados preventivos necessários para proteção própria e dos consumidores.
Referente às respostas dadas ao respeitável jornalista Roberto Cabrini, no
episódio de entrevista ao indivíduo que já foi identificado e que atua na Feira
da Betânia, gostaríamos de deixar a nossa indignação com a atitude que
coloca em cheque o profissionalismo do indivíduo, já que o seu posicionamento
de não utilizar máscaras e demais equipamentos de proteção individual, não é
mera opinião, pois flagrantemente evidencia a infeliz atitude de não prezar
pelas medidas que visam impedir a disseminação do novo “Coronavírus” na
sociedade, de modo que já foram tomadas as providências junto à prefeitura
para suspensão de seu alvará de permissionário, vez que decidiu expor a si
mesmo e aos outros aos riscos de contágio. É importante que se destaque que a
opinião do indivíduo, não representa nem mesmo a dos demais trabalhadores da Feira
em que atua.
O SINDICATO, manifestando a opinião da MAIORIA ABSOLUTA DA CATEGORIA, repudia a
infeliz atitude. Afinal, aquele único feirante não representa milhares de
trabalhadores, que dependem deste ofício para alimentar suas famílias, e que
somente têm mantido a atividade por se tratar de serviço essencial. Outro
posicionamento que nos deixa triste é o da produção do programa de televisão
que levou ao grande público brasileiro a exibição das declarações
irresponsáveis deste indivíduo, sem o devido contrário de uma maioria de
feirantes que dele discorda, representadas pelo seu SINDICATO. Motivo desta
nota, e da solicitação que se faz de que a mesma seja lida integralmente por
toda a imprensa, para que em todo o país, se tenha clareza dos fatos.