Médica veterinária Jeanne Paollini e a personal trainer Kátyna Baía estão juntas como casal há mais de 17 anos. Na web, elas colecionam fotos de suas profissões e também de viagens internacionais que já fizeram juntas.As goianas presas na Alemanha após terem malas trocadas por bagagem com drogas são a médica veterinária Jeanne Paollini e a personal trainer Kátyna Baía, segundo confirmou o gabinete de Assuntos Internacionais. O casal está junto há mais de 17 anos. Elas compraram a viagem com antecedência e iam passear em vários países europeus, no entanto, foram abordadas pela polícia alemã na troca de aviãoNas redes sociais, o casal coleciona fotos de suas profissões e também de viagens internacionais que já fizeram juntas. Entre os locais para onde elas já viajaram está o Deserto do Atacama, no Chile, Buenos Aires, na Argentina e Paris, na França.Em sua biografia na web, Kátyna diz que é mestranda em Movimento Humano e Reabilitação, e que é criadora e fundadora de uma academia em Goiânia. Em sua rede social, ela exibe fotos e vídeos relacionados à saúde e bem-estar.Já Jeanne se descreve como médica veterinária formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), residente de Cirurgia no Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em cirurgia de tecidos moles.A médica veterinária já tem mais de 10 anos de profissão e compartilha em vários posts histórias e resultados de cirurgias e procedimentos que fez em animais.Prisão após troca de bagagemAs goianas faziam escala em Frankfurt com destino a Berlim, e nem chegaram a ver as malas apreendidas pelos policiais e as bagagens delas não foram encontradas até hoje. Com a prisão delas, em 5 de março, a Polícia Federal começou a investigar o caso e achou indícios de que elas não estavam levando cocaína para a Alemanha.Com a apuração, a polícia descobriu que funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, trocavam etiquetas de malas para enviar droga para o exterior. Na terça-feira (4), a polícia prendeu seis investigados.As autoridades alemãs disseram que há fortes indícios de que as brasileiras são mesmo inocentes, mas querem ter acesso a todos os vídeos obtidos pela Polícia Federal e ao inquérito completo, com a prisão dos suspeitos, antes de soltá-las.A superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, disse que há indícios de que as goianas não eram donas das malas com cocaína.Prisões mantidasJeanne e Kátyna tiveram a prisão mantida pela Justiça de Frankfurt após audiência na manhã desta quarta-feira (5), dia em que completam um mês detidas numa penitenciária feminina da cidade.Segundo o gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás, que acompanha o caso, um juiz alemão pediu que as provas obtidas pela Polícia Federal durante a investigação sejam enviadas pelo Ministério da Justiça e pelo Itamaraty.Durante a audiência, o juiz disse que a PF já enviou o inquérito por adida aduaneiro, que é a pessoa que representa o Brasil em assuntos técnicos e de negociação internacional, mas, além dessas provas já enviadas, ele pediu as informações sobre a investigação e o inquérito dos presos na operação de terça-feira.